23 abr
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Covid-19 e a educação
PALAVRA DE ORDEM: ADAPTAÇÃO

Do dia para a noite, professores acostumados a estar em sala de aula, lidando com o desafio diário de ensinar alunos presencialmente, tiveram que se adaptar às aulas online.

Segundo a Unesco, até 25 de março, 165 países haviam fechado suas escolas por causa da pandemia, interrompendo as aulas presenciais de 1,5 bilhão de estudantes e mudando a rotina de 63 milhões de professores de educação básica no mundo.

Professores que enfrentam desde a timidez diante da câmera até como manusear equipamentos e preparar aulas que prendam a atenção da turma.

No meio disso tudo, ainda há outro aspecto a ser superado: a falta de empatia. Muitos pais querem, de imediato, a perfeição, e apontam erros após erros, com impaciência e, em alguns casos, certa arrogância. Sequer se atentam para o tamanho do desafio enfrentado pelos professores: precisam driblar toda a inexperiência com as novas ferramentas, comandar uma turma de muitos alunos e, ao mesmo tempo, cuidar da casa e dos seus próprios filhos.

Todo mundo está aprendendo junto. E, como diz o historiador e professor Leandro Karnal, é necessário aprender a enfrentar o inesperado, a reagir a situações inusitadas, porque o coronavírus não foi o primeiro e nem será o último fato a levar toda a humanidade a ter que se reinventar em poucos dias.

E essa capacidade de reagir ao inesperado e tomar decisões é a habilidade do futuro para quem já está ou para quem ingressará no mercado de trabalho. Os alunos e os pais que conseguirem lidar melhor com toda a mudança drástica também serão os mais preparados para o que virá. “As pessoas que só reagem ao previsível serão substituídas por robôs”, ressalta o Karnal, para quem o grande aprendizado deste ano é o enfrentamento a situações novas.

Mas como preparar uma aula ao vivo da melhor forma possível?

Antes de mais nada, segundo o documento “Um roteiro para guiar a resposta educacional à pandemia da COVID-19 de 2020”, publicado pelo Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe-FGV) (https://ceipe.fgv.br/publicacoes), é preciso lembrar que “o papel dos professores é essencial para o sucesso da aprendizagem, mais ainda do que o ambiente físico das escolas ou a infraestrutura tecnológica”.

“Quando o poder estruturante de tempo e de lugar que as escolas proporcionam se dissolve e a aprendizagem online se torna o modo dominante, o papel dos professores não diminui, muito pelo contrário. […] o professor continua sendo essencial na orientação da aprendizagem dos alunos”, prossegue o documento.

Da tecnologia à apresentação da aula

Muitas das dicas aqui partem dos cursos a distância (EAD), de aulas gravadas, sugestões as quais podem muito bem ser adaptadas para as aulas ao vivo. Porém, antes de mais nada, é preciso lembrar que não é só transformar uma aula presencial em uma aula online.

Para Fredric Litto, da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed), é um erro comum achar que basta gravar a aula do professor e transmiti-la, ou em nosso caso, como reforço escolar, achar que o planejamento e didática da aula será igual e o aluno aprenderá. “O aluno provavelmente vai ouvir dez minutos e desligar. Não dá para repetir (virtualmente) o ambiente da sala de aula presencial” (https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52208723).

Ou seja, é preciso fazer algo diferente!

Perceberam nosso desafio como educadores? Vamos analisar a Filhos: as aulas são ministradas em tempo real para os alunos. Assim, as dúvidas ocorrem AO VIVO também! Além dos desafios do ensino não presencial, existe o desafio dos professores se reinventarem em como tirar estas dúvidas. Este professor terá de lançar mão do uso de estratégias de ensino mais adequadas para esta realidade, assim o domínio de ferramentas de apoio se faz necessário.

No próximo artigo, falaremos sobre dicas de ferramentas para ajudar professores (particulares e de escolas). Vem com a gente, a gente AMA educação! Também criamos listas que ajudarão pais e alunos!

CHRISTIANE FERNANDES
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